Gosto
Gosto quando me acendes um cigarro e me dás como quem dá um prazer. Gosto quando o atiras para o chão e ele rebola até se adormecer na falha da calçada, mas gosto mais quando o amarfanhas no cinzeiro enquanto os teus olhos se enfeitiçam e eu te adormeço no fumo do desejo.
Gosto de te ler numa esplanada, enquanto imaginas que o meu pensamento está longe demais. Gosto de te ler de soslaio na confusão e de te folhear quando te avisto ao longe. Gosto de te ler no sofá quando tu só pensas em me tocar uma vez mais, mas gosto mais de te ler na cama enquanto pensas que eu sou tua. É quando finalmente percebo que eu nunca serei aquela que é tua.
Gosto quando me tocas devagar, a cortar o vento na minha pele e quando te sinto arrepiar de prazer. Gosto quando dizes que me amas, mas gosto mais quando eu me amo, porque tu és o que rebola incandescente pela minha vida, para cair na falha da minha calçada, o que não devia estar aqui, mas está, só porque há espaço para adormeceres em mim.
Gosto de te ler na cama porque nunca lá li grandes histórias, mesmo que já tenha adormecido com grandes livros.
Gosto da metáfora em nós porque é a única maneira para o nós continuar a viver, mas gosto mais quando nos mato pois é a única metáfora que me vai permitir renascer.
*Para uma antiga paixão que ganhei mas guardei num qualquer tempo de mim
Gosto de te ler numa esplanada, enquanto imaginas que o meu pensamento está longe demais. Gosto de te ler de soslaio na confusão e de te folhear quando te avisto ao longe. Gosto de te ler no sofá quando tu só pensas em me tocar uma vez mais, mas gosto mais de te ler na cama enquanto pensas que eu sou tua. É quando finalmente percebo que eu nunca serei aquela que é tua.
Gosto quando me tocas devagar, a cortar o vento na minha pele e quando te sinto arrepiar de prazer. Gosto quando dizes que me amas, mas gosto mais quando eu me amo, porque tu és o que rebola incandescente pela minha vida, para cair na falha da minha calçada, o que não devia estar aqui, mas está, só porque há espaço para adormeceres em mim.
Gosto de te ler na cama porque nunca lá li grandes histórias, mesmo que já tenha adormecido com grandes livros.
Gosto da metáfora em nós porque é a única maneira para o nós continuar a viver, mas gosto mais quando nos mato pois é a única metáfora que me vai permitir renascer.
*Para uma antiga paixão que ganhei mas guardei num qualquer tempo de mim