tempo
Tempo de mudanças...de arrumar a minha vida toda em caixotes de papelão, de guardar os livros, as fotografias, os cd's, os postais, os talões de multibanco em que escrevi poemas quando nao tinha papel, as fitas da minha capa escritas com amor, e os teus bilhetes. Tempo de mudar de casa, mudar de vida, tentar deitar no lixo o que me magoa e não o ter feito. Tempo de mudar, mas perceber que tudo vai comigo, o bom e o mau.
Encontro um bilhete teu escrito numa noite qualquer em que dizes que eu preencho o teu vazio, que eu sou a outra parte de ti.
Para ti eu respondo, que não quero nunca preencher o teu ou outro vazio qualquer. Eu não quero ser a outra parte de ninguém.
Podem dizer que sou utopica, podem dizer o que quiserem, mas para mim o amor não é preencher vazios, talvez um dia encontre alguém que seja um e que não me queira para ser a cara-metade.
Tempo de mudanças...em que me perco, em que me sinto sozinha, em que saio de casa e deixo a minha vida em caixotes com medo das memorias que estão lá dentro.
Nem sei que tempo é este que me deixa sem palavras, sem poesia e com vontade de querer ser outra...deve ser tempo de mudar.
Encontro um bilhete teu escrito numa noite qualquer em que dizes que eu preencho o teu vazio, que eu sou a outra parte de ti.
Para ti eu respondo, que não quero nunca preencher o teu ou outro vazio qualquer. Eu não quero ser a outra parte de ninguém.
Podem dizer que sou utopica, podem dizer o que quiserem, mas para mim o amor não é preencher vazios, talvez um dia encontre alguém que seja um e que não me queira para ser a cara-metade.
Tempo de mudanças...em que me perco, em que me sinto sozinha, em que saio de casa e deixo a minha vida em caixotes com medo das memorias que estão lá dentro.
Nem sei que tempo é este que me deixa sem palavras, sem poesia e com vontade de querer ser outra...deve ser tempo de mudar.